Contabilidade de custos: o que é e qual sua importância


Atualizado em 4/01/24 - Escrito por Thiago Leão na(s) categoria(s): Custos e Finanças

Custos industriais

A contabilidade de custos é uma área da contabilidade que foca unicamente no gerenciamento de custos da empresa. O objetivo, ao fazer esse controle, é assegurar um melhor preço de venda e aumentar a margem de lucro. 

Uma indústria tem uma série de gastos que impactam o preço final de um produto. Mão de obra direta, aluguel do espaço, energia elétrica, água, manutenção de máquinas e equipamentos são alguns exemplos. 

A responsabilidade do gestor da indústria é assegurar que a empresa terá um excelente retorno ao comercializar a mercadoria. Mas é preciso saber como fazer a contabilidade de custos para garantir esse resultado e, também, melhorar suas estratégias.

Qual a importância da contabilidade de custos?

A contabilidade de custos é uma das práticas mais importantes na indústria porque é por meio desse controle que o gestor vai conseguir identificar onde se concentram os maiores gastos. 

Ainda, o preço final de um produto pode ficar muito alto se a empresa não tiver controle sobre seus custos. E isso, por sua vez, pode prejudicar os resultados das vendas, causando prejuízos financeiros e até insatisfação de clientes.

Como o mercado está cada vez mais competitivo e o cliente mais exigente, a indústria não pode correr o risco de perder o seu espaço em uma decisão de compra. Na verdade, é preciso assegurar que o valor final será justo, tanto para o seu caixa como para o bolso do cliente.  

Como fazer a contabilidade de custos?

Nem todos os gastos de uma empresa impactam o valor final do produto. Existem aquelas despesas que pertencem a outras áreas, como o administrativo e o financeiro.  

Assim sendo, a primeira coisa que o gestor precisa fazer é identificar o que são custos e o que são despesas, pois é esse conhecimento que vai ajudar a fazer a contabilidade de custos. 

Custos x despesas

As despesas são classificadas como os gastos que a empresa teve fora da linha de produção. Aqui entram as despesas fixas (que não sofrem variação) e as despesas variáveis (que variam conforme o consumo). Exemplos de despesas: energia elétrica consumida no escritório, honorários do contador, combustível e alimentação, folha de pagamento do administrativo, entre outros. 

Os custos, por sua vez, são todos os gastos atrelados ao processo produtivo e esses podem ser divididos em quatro categorias: custo direto, custo indireto, custo fixo e custo variável

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Classificando os custos

Entendida a diferença entre custos e despesas, é hora do gestor classificar todos os custos. Nessa lista, deve-se identificar quais são os custos diretos e indiretos, além daqueles que se mantêm fixos ou sofrem variação.

  • Diretos
    • Os custos diretos são aqueles que estão associados diretamente aos produtos, por exemplo:
    • insumos;
    • mão de obra direta;
    • depreciação (quando utilizada para produção de um só tipo de produto) etc. 
  • Indiretos
    • Os custos indiretos são aqueles que não estão incorporados diretamente ao produto, mas interferem de alguma forma no custo de produção. Aqui, temos como exemplos: aluguel de galpão, impostos e taxas, manutenção e conservação de equipamentos, entre outros. 
  • Fixos
    • Os custos fixos são aqueles que não sofrem variação mesmo com um grande volume de produtos produzidos.
  • Variáveis
    • Já os custos variáveis são aqueles que variam à medida que a produção aumenta. 
Homens olhando para um notebook e sorrido em uma pequena fábrica de móveis de madeira - contabilidade de custos

Comparativo de custos diretos e valor de venda

Após classificar os custos, será preciso que o gestor compare também os custos diretos com o valor de venda do produto. Esse comparativo é importante para validar se a margem de lucro está realmente boa (ou não) e se é necessário diminuir os gastos, a fim de aumentar os ganhos.  

Rateio de custos indiretos

Como os custos indiretos não estão incorporados diretamente a um produto, mas a toda linha de produção, será preciso que o profissional faça o rateio desses custos para incorporar um valor justo aos produtos. 

Existem itens que têm um processo de produção mais complexo que outros, logo, também têm mais gastos. Enquanto outros são produzidos mais rápido e demandam menos.

Se o gestor quer definir um preço justo, precisa fazer o rateio considerando os produtos mais e menos custosos. Mas entenda que não é apenas pegar o valor do aluguel e dividir pelo número de itens produzidos. 

Ponto de equilíbrio

Depois de fazer o rateio, é necessário que o gestor encontre o ponto de equilíbrio para que o preço de venda cubra todos os custos, gere lucro para a empresa e seja, ao mesmo tempo, interessante para o cliente. 

Para achar o ponto de equilíbrio, o profissional deve usar a seguinte fórmula:

Ponto de equilíbrio = (despesas fixas + custos fixos – gastos não desembolsáveis) / margem de contribuição.

Entende-se por gastos não desembolsáveis, todos os custos e as despesas que ocorrem sem que a empresa desembolse dinheiro, por exemplo: depreciação, amortização e exaustão.

Análise estratégica sobre os dados

Além das etapas acima, é importante que o gestor também faça uma análise estratégica acerca dos números. Desse modo, identificará a necessidade de reduzir os custos ou aumentar o preço de venda.

Monitorar os custos

Outro processo na contabilidade de custos envolve o monitoramento dos gastos. Com o passar do tempo, é comum que o preço de insumos, água, energia elétrica ou até mesmo serviços aumente. E se esses gastos estiverem diretamente ligados ao processo produtivo, o preço final de venda também precisará passar por uma modificação. 

Fazer a contabilidade de custos não é necessariamente difícil. Entretanto, pode tomar bastante tempo do profissional. Nesse sentido, o ideal é que o gestor tenha o apoio de tecnologias como um ERP Industrial para agilizar os processos e manter uma visão mais ampliada sobre todos os custos.

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Um comentário

  1. Ersilio Cesário Mendes disse:

    são as boas informaçõs

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