Setor de ferramentaria: quais melhorias podem ser implementadas pela transformação digital


Atualizado em 15/02/24 - Escrito por Beatriz Goulart na(s) categoria(s): Produção

Guia do ERP para indústrias

O setor de ferramentaria é um setor estratégico, que atende a todos os tipos de indústrias, seja automotivo, eletroeletrônico ou de embalagens, por exemplo.

Além disso, ouve-se cada vez mais o termo transformação digital, relacionado ao setor de ferramentaria, e, neste setor, o movimento de digitalização já é uma realidade.

Para aprofundar melhor no assunto, convidamos o Presidente da ABINFER (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais) e Vice-Presidente da ISTMA (Associação Mundial de Ferramentarias), Christian Dihlmann, para o quadro Palavra de Especialista. 

Vamos lá?

Palavra de especialista com Christian Dihlmann, da ABINFER

Quais melhorias podem ser implementadas para ajudar a taxa de conversão em venda?

De acordo com Christian, as seguintes ações podem ajudar a aumentar a taxa de conversão de orçamentos em vendas, além de reduzir custos:

Uso de componentes padronizados

Usar componentes padronizados é uma tendência muito seguida nos países mais desenvolvidos e, a partir dela, ocorre a agilização da definição dos orçamentos e cotações dos produtos, peças ou ferramentas.

Por exemplo, com a padronização de um porta-molde, que custe – pré-definidamente – 20 mil reais, a empresa precisa apenas focar no cálculo da cavidade da parte moldante.

Determinação de leads qualificados

Muitas vezes a área comercial das empresas faz orçamentos de demandas que não são da expertise das mesmas, no intuito de “tentar não perder uma venda”.

Porém, isso faz com que a equipe comercial precise correr contra o tempo, definindo uma gama de orçamentos que provavelmente não será inteiramente convertida, por justamente não ter o nível de detalhamento esperado.

Como o próprio especialista Christian falou na entrevista, é necessário que as empresas tenham um foco de especialização e público, para refinar os orçamentos de modo mais eficiente e acertado, assim como o funil de vendas

Portanto, o ideal é usar o tempo de forma mais inteligente, no intuito de “gastar” mais horas em menos orçamentos, de forma que estes sejam mais detalhados, precisos, específicos e atrativos para os leads, levando à mais conversões em vendas e menos desperdício de recursos, como tempo dos colaboradores.

De que maneira o investimento em outros tipos de tecnologia pode ajudar o gestor e o resultado geral da empresa?

Os softwares podem ser grandes aliados às indústrias!

Alguns exemplos de áreas que são otimizadas com o uso de softwares como, por exemplo, o Nomus ERP Industrial, são:

O uso de softwares para a gestão de processos é muito mais eficaz e organizado, ao contrário das planilhas que – principalmente quando usadas em grandes quantidades – reduzem a confiabilidade de informações.

Com um sistema de gestão integrada, as indústrias conseguem controlar de modo fluido e integrado as informações que estão circulando em seus setores. Isso gera uma otimização significativa nos processos da indústria em questão.

Assista ao vídeo acima para conhecer um pouco da experiência de Christian Dihlmann, neste assunto.

O movimento de transformação digital dentro do setor da indústria ferramenteira

Segundo Christian, o mundo está passando por um “apagão de mão de obra”. Ou seja, não está havendo mão de obra qualificada o suficiente para suprir as necessidades das indústrias.

Com isso, diferentes países estão recorrendo às linhas de produção automatizadas, para que robôs tomem a frente dessas lacunas nos processos produtivos, devido à baixa qualidade da mão de obra.

Outra questão abordada pelo entrevistado foi à respeito dos colaboradores “cabeças brancas” – trabalhadores mais antigos no ramo industrial que têm experiências e conhecimentos que não podem ser desprezados ou esquecidos.

Isso está diretamente ligado à tendência da digitalização, já que esses dados, conhecimentos e estratégias dominadas por esses trabalhadores devem ser armazenadas e documentadas, a fim de serem preservadas.

Qual a perspectiva geral do setor ferramenteiro para os próximos meses?

O entrevistado, Presidente da ABINFER e Vice-Presidente da ISTMA, tem uma visão otimista para o setor ferramenteiro, incluindo no Brasil.

Devido a sua posição nessas instituições, Christian pode acompanhar mais de perto o deslocamento de parte do poder de compra dos Estados Unidos para a China – que assumiu o lugar da Rússia de superpotência.

Nessa disputa por poder entre EUA e China, pode-se perceber que os EUA estão direcionando movimentos para que as Américas sejam fornecedoras próximas aos pontos de consumo, e, com isso, está investindo no desenvolvimento das indústrias de ferramentais do México. 

Um dos próximos na fila é o Brasil, que está sendo mapeado para se tornar fornecedor desse mercado.

Christian comenta também que que estão sendo feitos alinhamentos entre os países da América do Sul, como Colômbia, Bolívia, Paraguai e Brasil, para que essa capacitação se concretize em médio prazo, sendo apoiados pelos Estados Unidos e pelo Canadá, já que para esses polos, esse é um mercado mais confiável do que o asiático.

Ou seja, a previsão é de décadas à frente, por se tratarem de reestruturações que envolvem movimentos internacionais e estruturantes da indústria.

Enquanto isso, a curto prazo, vêm sendo desenvolvidos projetos, em diferentes setores da indústria, como automotivo, de construção civil, eletroeletrônicos etc., para impulsionar avanços industriais. 

Veja também: Como melhorar a gestão de custos no setor de ferramentaria

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