Atualizado em 21/11/25 - Escrito por Thiago Leão com colaboração de João Pedro Brutschin na(s) categoria(s): Processos e Organização
Saber como importar produtos da forma correta é a única opção para operar dentro das regulamentações e, também, operar com fatura e lucro altos. Indústrias, em específico, operam com volumes maiores e, por isso, precisam ficar ainda mais atentas à legislação e às melhores práticas para se manter competitivo no mercado.
Existem 7 passos que podem ser seguidos para trabalhar com importação e alcançar o sucesso. Todos eles podem ser encontrados abaixo, mas sugiro que sua leitura não se restrinja a eles. Há informações e dicas de especialistas neste artigo, além de entrevista com uma importadora de sucesso.
A importância de estudar corretamente esses passos e dicas está tanto em evitar operações ilegais quanto em superar os desafios da competitividade. Operar com importação de produtos, ainda mais em indústrias, demanda dedicação e estudo constante de comércio exterior.
Entenda melhor lendo o artigo abaixo.
Índice do artigo

Entende-se por importação de produtos qualquer atividade de trazer algum item do exterior para o Brasil. A quantidade, o tipo, a regularidade, a legalidade e a natureza do item não são relevantes. Mesmo quem compra algo de fora para uso próprio e traz no avião está importando algo – logo, distinguir uma indústria de importação da atividade de importar é fundamental
Uma indústria de importação é uma empresa do setor industrial que opera importando insumos para industrialização, ou comprando mercadorias de fora para venda ou uso em prestação de serviços no território nacional. A empresa, para importar, precisa ter previsão contratual de importação e exportação no seu contrato social.
Ela pode vender os produtos para o varejo ou diretamente para o cliente final, assim como prestar serviços usando mercadorias importadas, e até mesmo ter seus próprios produtos a partir da personalização e modificação dos itens que vieram de fora.
Não existe CNAE para importação, logo, para declarar essa atividade, é imprescindível colocar no seu contrato social.*
| Dica de ouro: ao inserir a atividade de importação no contrato social, insira também de exportação. |
Você já vai operar com COMEX, terá um network internacional, gerará know-how, então habilitar-se para exportação junto com importação é uma economia de recursos como tempo e dinheiro que seriam dobrados caso as solicitações fossem feitas em momentos diferentes.
Entre as vantagens de operar com a importação, reduzir custos por não precisar gastar com fabricação de produtos, acessar produtos e tecnologias exclusivas de outros locais, ter diferenciais de qualidade e inovação, flexibilidade maior para mudar seu catálogo de mercadorias e usar os incentivos fiscais do seu setor.
*Cabe observar que existem, no entanto, CNAEs de comércio atacadista que permitem importação por conta própria, e existem regras específicas quando a empresa importa para revender.
O primeiro passo de como importar produtos é garantir que sua empresa estará operando de forma regular e legal. Você precisa alterar o contrato social (e atualizar o cadastro do CNPJ na Receita Federal) para incluir as atividades de importação e exportação. É essencial para operar sem problemas jurídicos e também conseguir a habilitação no SISCOMEX (RADAR).
O controle governamental do comércio exterior brasileiro é realizado através do Sistema Integrado do Comércio Exterior, o SISCOMEX, um instrumento informatizado.
Você precisa habilitar sua empresa no sistema para que suas atividades sejam devidamente acompanhadas pelos órgãos regulamentadores de COMEX, inclusive o câmbio. O nome do mecanismo de habilitação é o Radar.
Para isso, você precisa protocolar o pedido na secretaria da Receita Federal da sua jurisdição e o processo pode durar de 30 dias a mais, dependendo do órgão e sua análise de capacidade.
Existe 3 tipos de habilitações, que dependerão da sua capacidade financeira efetiva comprovada:
Você deve solicitar aos fornecedores a cotação do produto e todas as informações técnicas necessárias para definir corretamente o NCM. Com o NCM em mãos, é possível consultar o tratamento tributário e administrativo aplicável no Portal Único de Comércio Exterior, verificando exigências, impostos e controles envolvidos na importação.
A importação de produtos, de forma geral, exige os seguintes documentos:
Esses documentos geralmente serão emitidos ou solicitados durante a importação, o que você precisa agora é de ir atrás de ferramentas e licença para emiti-los, como certificados digital e sistemas de emissão de notas fiscais.
Em adição aos documentos básicos exigidos em toda importação, alguns produtos podem demandar documentações específicas, conforme sua natureza e classificação fiscal (NCM).
Entre os principais exemplos, estão o Certificado de Origem (CO), Licenciamento de Importação (LI), a autorização da ANVISA, o registro no MAPA (para produtos de origem animal ou vegetal), a certificação do INMETRO e licenças ambientais do IBAMA, quando aplicável.
Além disso, determinadas mercadorias podem estar sujeitas a regras estaduais e municipais adicionais, como liberações sanitárias locais ou exigências fiscais específicas.
Por isso, é essencial verificar previamente todas as exigências legais relacionadas ao seu produto e à sua operação, garantindo que toda a documentação necessária seja emitida antes do embarque para evitar retenções alfandegárias e custos extras.
Faça uma pesquisa longa e considerável pelos melhores fornecedores de produtos e de serviços logísticos. Você precisa de parceiros confiáveis para garantir mercadorias de qualidade esperada, não ter problemas com o Fisco e não cair em negociações desvantajosas.
Considere fazer inspeção de fábrica no fornecedor, mesmo que custe viagens. É assim que você confere, in loco, a qualidade que será fornecida. Se o fornecedor tem outros clientes, locais ou importadores, confira seu histórico de qualidade e comprometimento.
Registrar suas operações, coletar dados e emitir relatórios dinâmicos em tempo real, guardar as documentações de forma segura e acessível, e controlar cada passo dos processo de importação são atividades imprescindíveis para facilitar conformidades legais e para permanecer competitivo no mercado.
A melhor forma de realizar essas e outras tarefas é através de ferramentas digitais inteligentes e focadas na indústria. O Nomus ERP Industrial é o sistema mais avançado para gestão de fábricas, de montadoras e de importadoras de produtos industriais.
Com funcionalidades como emissão automática de notas fiscais de importação, controle logístico através de mapas atualizados em tempo real e inspeção de qualidade, você tem todas as etapas de importação, montagem e produção na palma da sua mão – literalmente, pois o sistema é acessível para celulares e outros dispositivos portáteis.
Uma questão muito importante a ser avaliada na hora de trabalhar com a importação é a responsabilidade civil e sanitária do importador sobre os produtos comercializados.
A responsabilização por qualquer defeito na mercadoria poderá recair integralmente sobre a importadora, ainda mais se ela vender direto para o consumidor final.
Por exemplo, vamos comparar com produtos fabricados no Brasil. Quando um cliente compra um produto XPTO defeituoso no Varejo A, fabricado pela Indústria B e transportado pela C, a responsabilidade é solidária entre os integrantes da cadeia de fornecimento.
Logo, essa pessoa pode processar praticamente qualquer um e o processado, mesmo que não seja o verdadeiro responsável, pode reaver seu prejuízo com a parte que causou o problema.
Agora, no caso de produtos importados, dificilmente o cliente processará a empresa estrangeira, até por conta do alcance e agilidade jurídica. E, você, também terá dificuldades de exercer o direito de regresso em face de fornecedores internacionais por problemas de fabricação ou transporte.
As relações contratuais internacionais são regidas por normas de direito internacional privado e acordos comerciais específicos, sendo altamente complexas. Logo, exercer o direito, contratando advogados etc, será bem mais caro do que se você lidasse com fornecedores nacionais.
Por isso, é extremamente importante escolher fornecedores de produtos e prestadores de serviços logísticos no exterior.
A importação de produtos é regulamentada para fins de controle fiscal, de comércio, de proteção às partes da negociação, questões políticas etc. Para que essa regulamentação seja aplicada, há alguns documentos que precisam ser emitidos por você.
Confira:
Invoice é o termo em inglês para fatura e se trata de um documento que representa a transação comercial realizada.
Seu papel é similar ao da nota fiscal, mas não tem nenhum compromisso em estar regulamentado ou apresentar informações exigidas pelo fisco específico de um país.
Por isso, os órgãos fiscais de cada local utilizam seus próprios documentos.
Trata-se de um documento usado na regularização fiscal interna e na nacionalização itens adquiridos de fornecedores estrangeiros e que é emitido pela importadora
As empresas estrangeiras não possuem obrigação de emitir nota fiscal de saída, uma regulamentação brasileira para empresas brasileiras.
Logo, a empresa que importa o produto é a que fica responsável pelos documentos fiscais – neste caso, a nota fiscal de importação.
Uma boa forma de aprender sobre indústria de importação é através da história de quem já alcançou o sucesso. Conhecer seus erros para evitá-los e seus acertos para repeti-los é o ideal. Aprender com a experiência de outras empresas é muito mais econômico.
Por isso, trago uma entrevista com Renato Ribeiro, Diretor Geral da All Agri, que conta como conseguiu:
Assista agora:
O sucesso da All Agri começou com uma demonstração grátis do sistema Nomus ERP Industrial, que você também pode acessar abaixo:
A gestão de importação em indústrias deve ser feita com muita cautela:
Por isso, o ideal é que você use um bom sistema de gestão de indústrias com funcionalidades avançadas para importação, como o Nomus ERP Industrial, onde você encontra recursos como:
Solicitações de compra:
Emita pedidos de compra integradas ao seu plano de produção e ao MRP para saber sempre exatamente o quê, quanto e quando comprar para manter seus índices de estoque dentro das suas metas.

Cotações de compra:
Faça a cotação de compra com diferentes fornecedores para atender suas solicitações.

Pedidos de compra:
Emita pedidos de compra a partir de solicitações e cotações de compra com a possibilidade de enviar o documento do e-mail para os fornecedores com layout personalizado. Ainda é possível acompanhar o cumprimento ou não de prazo de entrega dos fornecedores.

Recebimento de produtos importados:
Emita documentos importantes para a importação de produtos como NF-e de importação e registre corretamente as informações da Declaração de Importação de forma automática a partir de pedidos de compra integrados ao controle de estoque e financeiro, garantindo também o cálculo e o registro de informações como tributos e taxas.

Rateio de frete, seguro e taxas da DI:
Configure o sistema para ratear frete, seguro e taxas da DI conforme fizer sentido para sua empresa, automatizando os cálculos para a emissão dos documentos.

Conferência da DI:
Confira automática ou manualmente o rateio de frete, seguro, taxas e do cálculo dos tributos com comparação às informações do sistema perante a DI antes de emitir a NF.

Emissão de NF-e de entrada de importação:
Gere automaticamente a NF-de importação integrada aos processos de compras, recebimento, estoque e financeiro.

Importação do XML da DI para emissão de NF-e de importação:
Importe os arquivos XML da DI que forem extraídos do Siscome7 para otimizar a geração de documentos de importação.

Se você quiser:
Então, acesse a demonstração grátis do Nomus ERP Industrial:
O COMEX é um interesse de quase toda a indústria – mesmo quando não opera com produtos importados. Matérias-primas, máquinas, equipamentos, peças. A importação e a exportação serão assuntos em algum momento na sua gestão – direta ou indiretamente.
Por isso, um gestor ou estudante de gestão industrial precisa saber ao menos o básico de COMEX industrial e este blog é o melhor local para buscar esse conhecimento.
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Engenheiro Mecânico Industrial formado na UERJ, Sócio e diretor comercial da Nomus. Thiago já atuou em fábricas de diversos setores, como: Embarcações, perfuração submarina, metal mecânica, materiais de escritório, alimentício, cosméticos e tubulação.
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