Atualizado em 23/06/25 - Escrito por Thiago Leão com colaboração de João Pedro Brutschin na(s) categoria(s): Produção
Fresamento, ou fresagem, é o nome de um processo de remoção de materiais de uma peça através da fresa, uma ferramenta rotativa de corte. É bastante usado para criação de engrenagens, estrias, superfícies planas, contornos complexos, perfis, furos em diversas peças e materiais, entre outros.
Trata-se de uma parte bastante antiga da usinagem e que é usada até hoje tanto em pequenas manufaturas quanto em grandes indústrias. Aprender sobre a fresagem qualifica você como profissional para trabalhar em diferentes tipos de indústria.
Esse trabalho pode ser executado em uma sorte de tipos e operações. Conhecer essas variedades permite entender as possibilidades que tal técnica tão antiga dá para a indústria. É possível descobrir tudo isso e mais sobre essa técnica tão importante na linha de montagem da metalurgia no artigo abaixo
Fresamento, também conhecido como fresagem, é um tipo de usinagem. Isso é, um processo de fabricação onde se remove materiais de uma peça. No caso da fresagem, utiliza-se uma ferramenta de corte rotativa cujo nome é fresa (e daí vem “fresamento”).
Essa técnica permite uma fabricação de peças de alta precisão, além de um ótimo acabamento. É um dos processos de corte com melhor capacidade para superfícies bastante lisas e definidas.
Sendo assim, é o tipo de trabalho preferido para fabricar peças em indústrias que exigem alta precisão, como mineração, naval, energia renovável, siderurgia, aeronáutica e militar.
Entre os produtos da fresagem, estão:
Acabamento de superfícies;
Canais em peças;
Cavidades e bolsões;
Engrenagens;
Furos e roscas;
Objetos estriados;
Perfis;
Peças com formatos muito específicos;
Superfícies planas;
Operações gerais de CNC, vertical ou horizontal.
Visualize e aprenda mais sobre o processo e também sobre a máquina de fresar no vídeo abaixo:
Quais são os tipos de fresamento?
Existem inúmeras operações de fresagem, mas elas podem ser agrupadas em dois tipos principais, de acordo com a direção do corte em relação à peça: fresamento frontal e fresamento periférico:
Fresamento frontal: é uma fresagem onde as ferramentas de corte entram em contato com a peça com a face frontal em posição perpendicular à superfície afetada. Simplificando: os dentes da fresa removem material com a face frontal da ferramenta;
Fresamento periférico ou tangencial: tipo de fresamento onde a máquina é colocada paralelamente à peça para cortar mais profundamente e com mais folga, isso é, o corte ocorre pelas arestas laterais da fresa.
Agora, se você quiser saber mais sobre os tipos mais específicos, leia o tópico de operações de fresamento a seguir.
Quais são as operações de fresagem?
Arredondamento de canto: criação de raios e suavização de cantos afiados de uma peça, utiliza fresa de topo esférico ou raio;
Canal em T: criação de rasgos com o uso de fresas especiais conhecidas como fresas de canal T ou fresas para rasgo T;
Canal, ranhura ou rasgo: criação de aberturas em linha reta na superfície utilizando fresa de topo reto ou fresa paralela;
Canal tangencial: criação de canais em forma de arco ou curvos utilizando fresas de topo esférico;
Chanfros: criação de ângulos na borda de uma peça;
Faceamento: criação de faces planas ou nivelação de superfícies, geralmente realizada com o cabeçote fresador;
Faceamento com avanço elevado (High Feed Milling): criação de faces através de remoção de material em taxas de avanço mais altas do que as convencionais, aumentando a produtividade;
Faceamento de alumínio: criação de faces e outros tipos de trabalhos em alumínios que exijam fresas e cabeçotes adaptados para usinar alumínio devido às propriedades físicas do material;
Rebarbação e remoção de arestas vivas: remoção de rebarbas e imperfeições similares;
Faceamento de cantos profundos: criação de faces planas perpendiculares à superfície de trabalho com cantos profundos;
Faceamento geral: criação de faces planas e niveladas, geralmente como fase de preparo para outras operações de usinagem, e onde utiliza-se o cabeçote de faceamento;
Fresagem de superfície convexa: criação de curvas convexas em uma peça com o uso de fresa de raio;
Fresagem de superfície côncava: criação de curvas côncavas em uma peça com o uso de fresa de raio;
Fresamento de perfis: criação de contornos de perfil utilizando fresas de topo esférico ou fresas de contorno, criando peças com formatos complexos e/ou superfícies de contornos precisos;
Fresagem plana com fresa de topo: criação de perfis e cavidades na superfície com o uso de fresa de topo;
Cavidades ou bolsas: criação de rebaixos fechados (em forma de cavidade) com fresa de topo;
Roscamento por fresagem: criação de roscas internas ou externas com fresas especiais helicoidais;
Interpolação helicoidal: criação de furos ou cavidades circulares com controle simultâneo dos eixos X, Y e Z.
Diferença entre torneamento, usinagem e fresamento
Devido às definições parecidas de cada processo, é comum as pessoas confundirem usinagem, torneamento e fresamento. Tudo bem, porque essa confusão termina agora.
Eu te explicarei cada um deles e você entenderá a diferença:
Usinagem: termo usado para o conjunto de processos de fabricação que removem material de uma peça, de forma controlada, por meio de ferramentas de corte ou abrasivas;
Fresamento: é um processo de usinagem mais específico que consiste em deixar o material parado e usar uma ferramenta giratória;
Torneamento: outro processo de usinagem que ocorre de forma inversa à fresagem, com o material girando e a ferramenta parada.
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A indústria é operada através de diferentes tipos de processos que transformam, modificam, alteram matérias-primas para chegar nas peças e produtos que precisamos em nossa sociedade.
Conhecer e consultar o básico sobre cada uma delas é, além de interessante, de alta importância para profissionais da indústria.
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O blog da Nomus está com uma missão de abordar todos os processos industriais que existem, a fim de ter o material online mais completo que há. A lista do que já abordamos está crescendo cada vez mais e atualmente conta com:
Engenheiro Mecânico Industrial formado na UERJ, Sócio e diretor comercial da Nomus. Thiago já atuou em fábricas de diversos setores, como: Embarcações, perfuração submarina, metal mecânica, materiais de escritório, alimentício, cosméticos e tubulação.
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