Atualizado em 23/09/25 - Escrito por Celso Monteiro com colaboração de João Pedro Brutschin na(s) categoria(s): Processos e Organização / Produção
A Teoria das Restrições (TOC ou Theory of Constraints) é um paradigma de gestão que foca no eliminação de gargalos e restrições em um sistema ou processo, podendo ser aplicada na produção, na logística, e em qualquer área da sua indústria ou empresa de qualquer setor. Na verdade, até mesmo em projetos acadêmicos ou pessoais.
O básico dessa teoria é identificar recursos de capacidade restritiva (RCR) de uma atividade, separar o tempo por blocos que representam etapas do processo e encontrar o seu gargalo. Então, você toma providências para eliminar esse gargalo, surgirá um novo (é impossível erradicar) e você atua novamente.
Dessa forma, você estará sempre em busca constante de melhorias no processo. A teoria, desenvolvida por Eliyahu M. Goldratt, um físico, ainda é compatível com a filosofia Kaizen, do Sistema Toyota de Produção. Você entenderá melhor no artigo abaixo.
Faça uma boa leitura!
Índice do artigo
A Teoria das Restrições, do inglês Theory of Constraints (TOC), em resumo simples, é uma forma de enxergar seus processos em blocos de tempo e encontrar onde estão os gargalos e eliminá-los. Foi desenvolvido por Elyahu M. Goldratt, físico, que aplicou metodologia científica à gestão empresarial para chegar nessa teoria administrativa.
Você deve identificar os recursos de capacidade restritiva (RCR) para aplicá-la.
A principal métrica utilizada na teoria das restrições é o throughput mas, para fins didáticos, usamos o lead time do processo e o tempo de ciclo de cada tarefa ou etapa. São valores também usados nessa teoria, porém como complementares.
Esses dados nos trazem qual etapa de um processo está demorando mais e isso nos mostrará qual é o posto de trabalho que está sendo o posto gargalo, ou seja, que está demorando mais e tornando o processo menos eficiente.
Dica: Geralmente, o posto gargalo é aquele que mais segura estoque ocioso no almoxarifado.
Por exemplo, um processo produtivo de três tarefas:
Agora, você encontrou seu gargalo: a tarefa C. Você precisa, então, atuar para que esse tempo diminua. Dobrar o número de colaboradores contratados ou alocados na tarefa, fazer uma inspeção de manutenção para ver se as máquinas estão operando corretamente, repensar a engenharia do produto, enfim, há várias possibilidades.
Inclusive, uma boa forma de monitorar suas atividades e encontrar a exata fonte do gargalo da tarefa é através de um dashboard que opera em tempo real, que pode monitorar cada etapa do chão de fábrica ou outro processo da sua indústria, incluindo comercial ou administrativo.
Uma vez que você tomou a decisão que diminuiu o tempo da Tarefa C para, digamos, 10 minutos, pronto, o gargalo foi solucionado. Agora você tem os seguintes tempos:
Um novo gargalo encontrado! É a tarefa B, que demora o dobro da A. Os gargalos nunca acabam. Mesmo quando você tiver todas as tarefas no mesmo tempo, reduzido, aparecerá um gargalo na logística, nas vendas, em outro ponto dessa cadeia.
A Teoria das Restrições, então, vem para ajudar a lidar com esses gargalos ao quebrar as suas restrições.
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A restrição é qualquer obstáculo que esteja no caminho da evolução do seu sistema em direção a cumprir objetivos.
Esse obstáculo pode ser encontrado com várias formas, mas é importante entender que, do ponto de vista da TOC, é que cada sistema tem apenas algumas restrições, nunca diversas, que os impedem de avançar.
Tais restrições podem ser:
A investigação dessas restrições passa pelo uso das cinco etapas da Teoria das Restrições, que veremos no tópico a seguir. Quando aplicamos corretamente e conseguimos resolver as restrições de forma que deixem de ser um limite para o seu sistema, então “quebramos a restrição”.
A Teoria das Restrições é aplicada através de ferramentas específicas desenvolvidas por Goldratt. Boa parte delas são conhecidas como “árvores”, mas não se restringe a elas. Veja quais são elas:
A Teoria das Restrições usa um índice de desempenho chamado throughput (ganho), onde você estabelece metas de melhorias e conforme alcança, seu valor cresce.
Uma vez que você já estabeleceu as metas do seu sistema, você aplica as Cinco Etapas de Foco do processo de melhoria contínua dessa teoria, que são, segundo o Engenheiro de Produção Marcos Chaves:
Expandindo um pouco mais a explicação, vou usar de exemplo uma fábrica de bolos. Há quatro blocos nessa produção: misturar os ingredientes, assar o bolo, montagem e decoração (cobertura). A partir disso, veremos os tempos, os desafios e a aplicação da Teoria das Restrições:
Nesse caso, fica claro que o gargalo é o forno (assar o bolo), já que ele concentra o maior tempo de execução e impede que as outras etapas avancem na mesma velocidade. É aqui que o estoque em processo (bolos esperando para assar) tende a se acumular.
Aplicando a Teoria das Restrições, algumas ações possíveis seriam:
Depois de reduzir o tempo do forno de 40 para, digamos, 15 minutos, o gargalo pode passar a ser a decoração, que agora será a etapa mais demorada. O ciclo de melhoria contínua se reinicia, mostrando como a TOC funciona na prática.
Eliyahu M. Goldratt foi um físico israelita e consultor de administração que dizia usar método científico para resolver problemas das organizações. Escreveu diversos livros de ficção que usava para abordar temas de gestão, como logística, planejamento estratégico, contabilidade, marketing, TI, entre outros. Desenvolveu a Teoria das Restrições.
A Teoria das Restrições é muito mais fácil de aplicar quando se utilizam ferramentas digitais inteligentes para monitorar dados e controlar operações. O melhor exemplo disso é o Nomus ERP Industrial, um sistema voltado para a gestão de indústrias, integrando todos os departamentos da empresa.
Entre as suas funções que permitem aplicar a Teoria das Restrições estão os relatórios CRP e Análise de Recursos Críticos:
Você nem precisa alimentar manualmente esses relatórios com dados: o sistema fará automaticamente assim que for implantado. Inclusive, boa parte dessas informações podem ser obtidas diretamente das máquinas, sem precisar de interferência humana.
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Engenheiro de Produção formado pelo CEFET, Sócio e Líder de implantação e sucesso do cliente na Nomus. Celso já atuou em fábricas de diversos setores, como: metal mecânica, materiais de escritório, artefatos de concreto, perfuração, cabos e cordas navais, têxtil (confecção e tinturaria), reciclagem de metal, dentre outros segmentos.
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Em ambiente de TOC o sistema Nomus gera uma bussola? Existe um relatório e ou consulta de GANHOS contido na carteira de pedidos? Existe consulta de GANHOS contidos nos itens faturados?
Olá Gilmar, boa tarde!
Na Teoria das Restrições, o conceito de ganho (throughput) é faturamento menos custos variáveis no curto prazo.
No Nomus é possível calcular o ganho de cada pedido de venda no momento da sua emissão e no momento do seu faturamento.
Recomendo que acesse essa página: https://material.nomus.com.br/especialista e agende uma conversa com um dos especialistas da Nomus para conhecer mais nosso sistema.
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