Como Apurar o Custo da Ordem de Produção em 5 Etapas Fundamentais


Atualizado em 8/04/25 - Escrito por Equipe Nomus na(s) categoria(s): Produção

Custos industriais

A apuração do custo real de uma ordem de produção é essencial para qualquer indústria que deseja conhecer com precisão seus gastos e, assim, formar preços de venda adequados, identificar gargalos, reduzir desperdícios e melhorar a lucratividade. Esse processo envolve o controle rigoroso de diversos elementos, tanto diretos quanto indiretos, relacionados à produção.

Antes de entrar nos passos práticos da apuração, é importante compreender o conceito de custos diretos e indiretos, pois isso influencia diretamente a forma como os custos serão coletados, alocados e interpretados.

Diferença entre Custos Diretos e Indiretos

Custos diretos são aqueles que podem ser facilmente atribuídos a um produto específico. Matéria-prima utilizada na produção e mão de obra diretamente envolvida no processo são exemplos clássicos. Como são fáceis de rastrear, esses custos têm apuração simples e direta.

Já os custos indiretos são mais difíceis de relacionar diretamente com um produto ou ordem específica. Eles englobam itens como energia elétrica, manutenção de máquinas, depreciação de equipamentos, supervisão, limpeza e salários de cargos administrativos ligados à produção. Por não serem facilmente mensuráveis para cada produto, são distribuídos por meio de critérios de rateio, também conhecidos como direcionadores de custo.

É importante lembrar que, em custos industriais, a relevância da informação deve prevalecer sobre a precisão. Se o custo para medir um item é maior que o benefício da informação obtida, essa medição pode não ser justificada. Uma boa prática é aplicar o Princípio de Pareto (80/20), que mostra que a maior parte do custo total geralmente está concentrada em poucos itens significativos. Priorizar o controle sobre esses elementos mais relevantes tende a gerar melhores resultados com menos esforço.

O que é uma Ordem de Produção?

A ordem de produção é um documento formal que autoriza o início do processo de fabricação de um produto. Ela especifica quais materiais devem ser utilizados, quais operações serão realizadas, os recursos necessários e os responsáveis pela execução. Além disso, é por meio da ordem que ocorre o registro das movimentações de materiais e dos tempos de produção, permitindo a coleta de informações fundamentais para o controle de custos.

Apurar o custo de uma ordem de produção é o processo de consolidar todos os gastos relacionados à execução dessa ordem, transformando-os em um valor monetário total. Isso inclui tanto os custos diretos (como matéria-prima e mão de obra) quanto os indiretos (como energia e manutenção).

A seguir, veja o passo a passo para realizar essa apuração de forma eficaz e prática.

Etapa 1: Registrar a Entrada de Materiais com o Custo de Compra

O primeiro passo para apurar o custo corretamente é garantir que o material que será consumido na ordem tenha sua entrada registrada no estoque com o devido valor de aquisição. Esse registro deve ser feito assim que o material for recebido fisicamente e aprovado pela inspeção (se aplicável).

Se esse controle for negligenciado, há risco de a produção consumir materiais que ainda não estão contabilizados no sistema. Nesse caso, o custo da ordem ficará incompleto, prejudicando toda a análise de custos.

O valor atribuído ao material pode ser o custo médio (média ponderada das entradas) ou o custo de reposição (valor da última compra), dependendo do critério contábil adotado pela empresa.

Etapa 2: Registrar as Requisições de Materiais para a Ordem

Com base na lista de materiais (Bill of Materials – BOM), os materiais necessários são empenhados e, posteriormente, requisitados para produção. Esse movimento precisa ser registrado de forma detalhada, relacionando exatamente o que foi consumido em cada ordem.

Esse passo garante que os custos dos insumos sejam apropriadamente atribuídos à ordem específica, gerando uma valorização mais precisa. Sem esse controle, o custo da ordem fica subestimado e compromete a análise de rentabilidade.

Etapa 3: Realizar o Apontamento da Mão de Obra Direta (Hora/Homem)

Apontar corretamente as horas trabalhadas por cada colaborador na execução das ordens de produção é fundamental para calcular a mão de obra direta.

Cada função no processo produtivo deve ter um valor-hora definido com base nos salários, encargos e benefícios. Por exemplo, uma fábrica de estruturas metálicas pode ter funções distintas como soldador, caldeireiro e torneiro mecânico, cada uma com seu custo hora-homem.

Para cada operação registrada na ordem, multiplica-se o tempo apontado pelo valor hora do profissional responsável. Assim, temos o custo total de mão de obra direta imputado à ordem.

Esse apontamento pode ser feito de forma manual (formulários), com apoio de apontadores ou por meio de terminais eletrônicos no chão de fábrica. Quanto mais automatizado, mais confiável e eficiente será o processo.

Etapa 4: Registrar o Custo Hora/Máquina

Além da mão de obra, é necessário considerar o tempo de utilização das máquinas. Cada equipamento deve ter um custo-hora calculado, considerando depreciação, manutenção, energia, entre outros fatores.

O tempo de uso de cada máquina precisa ser apontado nas ordens, de forma separada do tempo da mão de obra. Isso é importante, pois uma mesma máquina pode estar sendo operada por mais de uma pessoa ao mesmo tempo, e o tempo de funcionamento da máquina nem sempre corresponde ao tempo total da equipe.

Somando os tempos e multiplicando pelos respectivos custos por hora de máquina, chega-se ao valor de custo de equipamento utilizado na ordem.

Etapa 5: Apurar e Ratear os Custos Indiretos

Os custos indiretos de produção, como energia elétrica, água, manutenção predial, salários de supervisores e outros, são registrados e acumulados ao longo do mês.

Ao final do período, esses valores precisam ser rateados entre todas as ordens de produção abertas no mês. Para isso, utilizamos os chamados direcionadores de custo, que podem ser:

  • Horas de máquina utilizadas;
  • Horas de mão de obra registradas;
  • Quantidade de produtos fabricados;
  • Quantidade de matéria-prima requisitada;
  • Valor agregado ao produto.

É fundamental escolher um direcionador coerente com a realidade da produção. Ele deve ser proporcional ao esforço ou consumo de recursos de cada ordem, de forma que ordens mais complexas recebam uma parcela maior dos custos indiretos.

Automatização: O Caminho Mais Seguro e Eficiente

Executar todos esses controles de forma manual é extremamente trabalhoso e sujeito a erros. A falta de integração entre setores e a ausência de informações em tempo real podem comprometer a precisão da apuração.

Por isso, a automação desse processo é altamente recomendada. Um sistema ERP especializado em gestão industrial, como o Nomus ERP Industrial, permite:

  • Integração entre compras, estoque, produção e contabilidade;
  • Coleta automática de dados no chão de fábrica;
  • Cálculo automático de custos por ordem;
  • Análise de lucratividade por produto, cliente ou linha de produção.

Independentemente do segmento industrial em que sua empresa atua, a apuração correta dos custos é fundamental para sustentar decisões estratégicas, formar preços com segurança e garantir competitividade.

Se você deseja entender como o Nomus ERP pode ajudar sua indústria a controlar e reduzir custos, agende uma demonstração com nossos especialistas. Nossa solução foi desenvolvida por engenheiros de produção e é pensada especificamente para a realidade das fábricas brasileiras.

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Autor do Artigo

Equipe Nomus

Equipe de engenharia e marketing da Nomus especialistas em gestão industrial.

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