Atualizado em 8/04/25 - Escrito por Equipe Nomus na(s) categoria(s): Produção
No ambiente industrial, qualquer parada na produção representa perda de tempo, recursos e, consequentemente, dinheiro. Entre os fatores que causam essas interrupções, o setup de máquina é um dos mais significativos, especialmente em empresas que trabalham com alta variedade de produtos, produção em pequenos lotes ou demandas sob encomenda.
Apesar de inevitável, o setup pode – e deve – ser otimizado. Com uma gestão eficiente e uso das ferramentas certas, é possível transformar esse momento de parada em uma oportunidade de melhoria contínua. Neste artigo, explicamos o que é o setup de máquina, por que ele é tão relevante e quais boas práticas podem ser adotadas para reduzi-lo e tornar sua fábrica mais produtiva.
Índice do artigo
Setup de máquina é o processo de preparação de um equipamento para iniciar uma nova produção. Ele ocorre sempre que há troca de produto, matéria-prima, ferramenta, molde, cor, espessura, ou qualquer variável que exija ajuste no equipamento.
Esse processo envolve ações como limpeza da máquina, substituição de ferramentas, regulagens, testes de qualidade e até emissão de documentos de produção. Ou seja, tudo o que acontece entre o fim de um lote e o início do próximo.
Embora o setup não gere diretamente valor para o cliente, ele é essencial para garantir que o produto seja fabricado com qualidade e dentro das especificações exigidas. Por isso, o seu tempo precisa ser rigorosamente controlado, pois quanto maior o tempo de setup, maior o custo indireto envolvido na produção.
Em uma linha de produção, o tempo de setup representa um dos maiores obstáculos à eficiência. Sempre que a máquina está parada sendo preparada, ela não está produzindo – e isso impacta diretamente o custo por peça, o ritmo da produção e o cumprimento de prazos.
Além disso, set-ups longos ou desorganizados podem provocar atrasos no cronograma de produção, aumentar o estoque em processo, gerar retrabalho e até comprometer a qualidade final do produto.
Por outro lado, quando o setup é bem gerenciado, os benefícios são visíveis:
Um setup ideal é aquele que ocorre em menor tempo possível, com segurança e qualidade garantidas. Para atingir esse patamar, o processo precisa ser padronizado, bem treinado, monitorado e, sempre que possível, automatizado ou preparado com antecedência.
Em indústrias mais avançadas, utiliza-se o conceito de setup externo e setup interno:
Separar essas duas categorias e deslocar o máximo de tarefas para o setup externo é uma das formas mais eficazes de reduzir o tempo total de preparação.
Reduzir o tempo de setup exige um olhar atento para o processo como um todo. A seguir, listamos boas práticas que ajudam a tornar esse tempo mais curto, previsível e eficiente:
Documente cada etapa do setup com instruções claras e visuais. Utilize checklists, fluxogramas e vídeos se necessário. Isso evita improvisos e garante que qualquer operador consiga seguir o procedimento com precisão.
Treinamentos práticos com foco no tempo de setup são essenciais. Operadores bem treinados são mais ágeis, confiantes e evitam erros que poderiam gerar retrabalho ou atrasos.
Ferramentas, dispositivos, moldes e insumos devem estar prontos antes que o equipamento pare. Ter uma área de preparação externa ao lado da máquina, com todos os itens separados e revisados, é um ganho considerável.
O SMED é uma metodologia originada no Japão com o objetivo de reduzir os tempos de setup para menos de 10 minutos (ou ao menos minimizar o máximo possível). Ela envolve:
Use relatórios e indicadores para acompanhar a duração dos setups. Isso permite identificar máquinas com set-ups mais demorados, operadores com melhor desempenho e oportunidades de melhoria.
Com o apoio de um sistema ERP integrado à produção, como o Nomus ERP Industrial, é possível coletar dados diretamente do chão de fábrica e gerar indicadores de desempenho em tempo real, facilitando a análise e gestão.
O tempo de setup influencia diretamente no cálculo do tempo padrão de produção e, portanto, na capacidade produtiva da fábrica. Ele também é um componente relevante no custo de cada item produzido, especialmente quando os lotes são pequenos.
Em ambientes onde há muitas trocas de produto, como em indústrias de alimentos, cosméticos, plásticos ou metalmecânica sob encomenda, o setup mal gerenciado pode consumir horas valiosas por dia.
Além disso, quando o tempo de troca não é previsto corretamente no planejamento, pode haver atrasos na entrega dos pedidos, acúmulo de ordens em fila ou até parada de produção por falta de material ou capacidade.
O setup de máquina é um processo inevitável, mas isso não significa que ele deva ser aceito como uma perda incontrolável. Pelo contrário, tratá-lo como uma atividade estratégica pode gerar ganhos significativos de produtividade e competitividade para sua indústria.
A chave está em medir, padronizar, treinar e otimizar continuamente. Com o apoio de um sistema de gestão industrial que integre o chão de fábrica à supervisão, é possível transformar dados em decisões e decisões em resultados.
Se você quer ver como o Nomus ERP Industrial pode ajudar sua indústria a monitorar e reduzir o tempo de setup, entre em contato com nossos especialistas e agende uma apresentação prática da ferramenta.
Equipe de engenharia e marketing da Nomus especialistas em gestão industrial.
Encontre Equipe Nomus nas redes sociais:
Olá Thiago boa Noite, tudo bem?
Poderia compartilhar comigo sua dissertação de Mestrado, pois estou fazendo trabalho de conclusão de curso Sobre: TROCA RÁPIDA DE FERRAMENTAS.
Desde já agradeço.
att; Luis
Bom dia a todos, voltando para o assunto Setup, caso a empresa venha a optar por considera-lo nos seus custos, de que forma esses números de horas a mais teria impacto no custo final do produto??