Como medir perdas em processos de pintura e banho químico


Atualizado em 9/12/24 - Escrito por Pedro Parreiras na(s) categoria(s): Processos e Organização / Produção

Gestão de processos

Um leitor do Blog Industrial Nomus entrou em contato para que tratássemos de um desafio que tem em sua produção:  medir perdas em processos de pintura e banho químico.

Então hoje no artigo de hoje convidei outros especialistas da Nomus para compartilharem suas experiências sobre este assunto e assim concluirmos definitivamente como medir perdas em processos de pintura e banho químico.

Caso você tenha alguma dúvida ou dificuldade na gestão da sua fábrica, fique a vontade para participar comentando abaixo ou me enviando um email.

Agora voltando ao artigo, veja o vídeo e descubra como medir perdas em processos de pintura e banho químico:

É muito interessante a origem desse artigo. Quando divulgamos o conteúdo sobre ter perdas no processo produtivo, um leitor nos respondeu com um email. Veja na íntegra:

Bom dia equipe Nomus, esse artigo foi muito bom, trabalho numa industria que existem essas perdas no processo produtivo , você citou o corte de chapas que nossa é realidade, mas temos muita dificuldade é quando não conseguimos mensurar o quanto perdemos no processo de Pintura e Banhos químicos.

vocês poderiam ir mais afundo nesse artigo, espero ansiosamente por mais noticias sobre esse assunto.

Foi um desafio responder essa pergunta. Pedi ajuda para alguns de nossos especialistas, que têm experiência em diversos projetos de implantação, com software de gestão ERP.

Aqui você confere as respostas dos especialistas, através das trocas de ideias que tivemos, que foram enviados, diretamente, para nosso leitor. Para chamar nosso time de feras da Engenharia de Produção para resolver essa questão, enviei uma pergunta através de email:

Como medir perdas de materiais em processo de pintura e banho químico? Alguém sabe?

Nosso Engenheiro, Thiago Leão, pediu mais informações sobre o processo, que lhe foram passadas:

Caso você tenha experiência com algum processo de pintura ou banho químico, qual a forma de medir as perdas?

Minha intenção é gravar um vídeo falando sobre diferentes possibilidades de medir perdas e a experiência de cada um de vocês vai ajudar muito nisso.

Por exemplo, o material usado no banho ou na pintura pode ser requisitado e a sobra pode ser devolvida via balança, a diferença é o consumo real e a diferença entre o consumo real e o consumo teórico é a perda.

Acham que faz sentido?

Tem alguma outra idéia?

O que acha?

Dei uma sugestão de como medir o consumo real, realmente não é algo trivial, medir o consumo de tinta. Pode ser que em alguns casos, o custo para medir isso seja maior do que está sendo medido, não valendo a pena fazer essa ação, mas acredito que na grande maioria dos casos valha a pena um esforço adicional para ter essa medição com precisão e agir sobre a oportunidade de melhoria para ter cada vez menos perdas.

Seguindo, nosso Engenheiro, Celso Monteiro, deu sua opinião:

Pedro, geralmente oriento meus  clientes a medirem o consumo de tinta de acordo com uma média…X peças são pintadas com 1 galão de X Litros de tinta. Nessa média, as  perdas automaticamente já estão inseridas na quantidade necessária do componente da lista.

É muito difícil medir a perda de tinta, acredito que o custo para medir essa perda não justifica o benefício da informação.

Na sequência, nosso Engenheiro, João Pimenta, complementou:

Complementando a sugestão do monteiro:

  • Criar setores intermediários para requisição de tinta na produção para garantir que o usuários consigam medir o que está no almoxarifado e o que está em produção mesmo sem ter requisitado na ordem
  • Esse setor só se justifica caso sejam separadas grandes quantidades de tinta para produção e seja difícil medir no dia a dia quanto está sendo perdido
  • Para esse setor intermediário funcionar devem haver envios periódicos de material para a produção independente da ordem de produção
  • Sempre que algum material for retirado independente da ordem que será utilizado em alguma ordem antes deverá ser feito um transferência para o setor intermediário e posteriormente o consumo nas ordens de produção
  • OU: Criar rotina de separação de tintas de acordo com os empenhos das ordens no final do período para o próximo período
  • Essa opção normalmente não “convive” com a opção anterior
  • Normalmente nesses casos todos os materiais retirados do almoxarifado de matéria prima possuem uma ordem por trás, na verdade a ordem normalmente é apresentada para o almoxarife ou o responsável pela separação usa a lista de empenhos do sistema
  • A rotina consiste em requisita tudo que foi separado para a ordem e devolver no sistema o que não foi gasto
  • Nesse exemplo a devolução pode ser feita em tempo real, direto no chão de fábrica pelos pintores ou responsáveis pelo consumo de tinta

Acho que só tive experiência em modelagens assim que apresentaram resultados positivos.

Em alguns clientes somente é feito baixa por uso e consumo, ou seja, a lista de materiais não contempla tinta.

Avalie e me fale se tiver dúvidas.

Gestão de processos

Ele criou uma rotina de separação do material que vai ser consumido, nos turnos de trabalho. Os “empenhos” são os materiais utilizados na lista de produção. Além disso ele aponta que o almoxarife têm que saber o que precisa separar. Neste caso têm um documento que o sistema ERP deve gerar, apresentando a lista de materiais.

João falou também do consumo real. Por exemplo, você pega um recipiente que a tinta está condicionada e leva para a produção. Para fazer isso, dentro do software de gestão têm uma rotina de requisição de material da produção. Essa rotina pode ser feita utilizando a balança, colocando a lata de tinta em cima dela e faz a requisição de material da produção. Terminada a operação da ordem de produção, ocorre a devolução da lata de tinta para o estoque. Então, aquela lata de tinta vai com menos materiais, com uma pesagem menor. Desta forma o sistema calcula o saldo do que foi consumido. Se a lata voltar vazia, devolve do mesmo jeito, por ter o consumo líquido, sendo o saldo o consumo real do sistema. Isso independe de consumir a lata inteira ou não.

Perdas em processos de pintura e banho químico

É preciso avaliar o custo da tinta dentro da estrutura de custos e verificar se vale a pena o esforço. Acho que na maioria dos casos vale. Essa é, realmente, uma fonte de perdas. É muito difícil medir o que se está sendo consumido na tinta. Precisa ter um processo e um sistema que apoie. Com esses fatores é possível medir o consumo real da tinta. Comparando o consumo real com o planejado, você terá a perda real. Com o valor da perda real, é possível trabalhar internamente, pensando em como reduzir as perdas.

Veja também:

Veja na prática

Se você quiser ver como os especialistas da Nomus colocam estes conceitos na prática, sugiro que assista uma apresentação do Nomus ERP Industrial e entenda como funciona.

Nomus ERP Industrial
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