7 dificuldades que precisam ser superadas na sua empresa gráfica


Atualizado em 25/10/23 - Escrito por João Pimenta na(s) categoria(s): Produção

Chão de fábrica

A situação atual do Brasil é delicada e qualquer descuido pode causar um sério dano à lucratividade da sua empresa gráfica. O cenário macro econômico do nosso país não é favorável e isso tem causado muitas preocupações aos empresários.

Gráficas que investiram em maquinário importado estão precisando vender muito para conseguir cobrir despesas que variam junto com o dólar. Porém, além disso é essencial que a margem seja significativa, já que a inflação ainda está muito alta e a variação das matérias primas é enorme.

Todo esse turbilhão de desafios que fogem do nosso controle nos força a reduzir ao máximo os custos e melhorar a gestão da empresa usando todas as maneiras possíveis. Para isso, é importante dominar os custos produtivos e trabalhar muito o conceito de produtividade na produção, não só no setor gráfico, mas na indústria de maneira geral.

Confira a lista de desafios de uma empresa gráfica

Por isso, nesse artigo veremos os principais pontos que devem ser acompanhados de perto em uma empresa gráfica para que seja possível prosperar.

1. Controle dos custos reais de produção

A falta de padronização dos produtos deve ser compensada com padronização dos processos e das métricas de controle.

A base da gestão está no controle da produção. As variáveis que devem ser controladas são as mais diversas. Dentro do custo de produção do produto, devem ser considerados:

Consumo de matérias primas

Durante o processo produtivo são consumidos diversos tipos de insumos diferentes, tais como: tintas, cartões, chapas, blanquetas, caixas, embalagens, etc.

Mão de obra alocada

A mão de obra utilizada para movimentar os insumos e processá-los também deve ser considerada como custo de produção.

Perdas no processo produtivo – consumo de insumos

Na estimativa de custos de materiais, deverá ser considerada uma perda estimada para que, em um lote de produção feito sob encomenda, não falte e nem sobre itens a fabricar. O controle das perdas também deverá auxiliar na gestão de estoque e compras.

Perdas no processo produtivo – paradas de máquina

As paradas de máquina podem ser ocasionadas pelos mais diversos motivos, que precisam ser mapeados e os principais precisam ser analisados constantemente. Algumas das principais causas das paradas de máquina estão associadas a problemas de manutenção, erros operacionais e falta de demanda.

Perdas no processo produtivo – reprovação da qualidade

Muitas vezes, mesmo após passar por todo o processo produtivo, os produtos são reprovados na etapa de inspeção final.

É importante fragmentar as inspeções de qualidade para impedir que insumos e tempo sejam investidos em produtos que serão reprovados. Por isso, é essencial que a qualidade acompanhe todo o processo produtivo. É de grande importância considerar o custo da equipe de qualidade na composição do custo do seu produto.

  • Como mostrado, a composição de custos do produto acabado deve ser abrangente e assertiva. Sem um controle de produção bem estruturado, obter essas informações é extremamente difícil.
  • A falta desse controle impacta diretamente nos pontos que serão colocados a seguir. Sem saber os custos reais de produção, existe a necessidade de gerar problemas na produção por falta de matérias primas em estoque, obter prejuízo no orçamento de produtos ou até aumentar seus custos produtos pelo desconhecimento dos custos produtos .

2. Geração de orçamentos flexíveis

O orçamento é um instrumento decisivo para gráficas na venda de novos produtos. A formação do preço de produtos sem considerar todas as variáveis corretamente pode ser a diferença entre o lucro e o prejuízo.

Além disso, um orçamento mal feito pode custar a perda de ‘n’ oportunidades e eventuais perdas de clientes; Dessa forma, possuir uma ferramenta para orçamentos rápidos e flexíveis é imprescindível.

Na geração de orçamentos devem ser considerados:

Custos de venda

Pagamentos de tributos associados à venda, a possibilidade de existência de frete e variações no comissionamento precisam ser tratados.

Custos de produção

Custos de matérias primas

Custo médio de reposição de todas as matérias primas que serão utilizadas na fabricação. Nesse caso, é preciso considerar itens de consumo fixo que variam de acordo com o lote de fabricação e, por sua vez, o próprio lote de fabricação deve ser considerado para que seja possível avaliar a representatividade dos itens de consumo fixo no preço do produto.

Essa perspectiva ajuda a definir lotes mínimos de fabricação para viabilizar preços menores.

Por fim, é importante considerar eventuais percentuais de perda para que a apuração seja concreta e maximize seus lucros.

Custos de Mão de obra e custos indiretos de fabricação

Com base no roteiro de fabricação dos produtos, é possível estimar com precisão o tempo de fabricação de cada uma das etapas do processo produtivo e, com isso, calcular o custo associado real dos funcionários, luz, aluguel, etc.

Custos administrativos

Neste item, devemos considerar as despesas administrativas e financeiras que o produto deverá pagar. Novamente, devemos observar a importância do lote de fabricação, já que quanto maior o lote, menor ficam os rateios de despesas administrativas, possibilitando praticar menores preços com o mesmo lucro.

É extremamente importante considerar os custos administrativos na apuração do seu preço, já que sem isso estará apenas trocando dinheiro, ou seja, pagando imposto, matéria prima, pessoal e infraestrutura para receber exatamente o mesmo nos itens faturados.

O rateio correto dos custos administrativos é igualmente importante, já que, em períodos de baixa produção, o preço do produto pode aumentar e, caso a empresa queira manter o preço, deve se preocupar em manter um custo baixo para não perder clientes e esperar demandas mais altas ou diminuir sua estrutura administrativa.

A formação do preço de venda é essencial para fechamento de novos negócios bem sucedidos, competitividade e para saúde financeira da empresa.

Para gráficas, é essencial manter muito bem alinhadas todas as métricas para geração de orçamentos factíveis com o mercado, além de saber recusar/aprovar contrapropostas que não gerem pelo menos margem de contribuição para pagamento de despesa. Em casos de baixa capacidade produtiva, negócios com pouca margem ajudam muito a manter a empresa com uma boa saúde financeira.

3. Gestão de estoque integrando vendas, compras e produção

A gestão de estoque é um dos grandes pilares para atingir uma boa gestão. As informações fornecidas por esse controle são a base para apuração do próprio custo real e da formação do preço de venda dos produtos em negociação.

O controle de estoque é algo essencial para que a sua empresa ofereça os produtos certos na hora certa. Afinal, ele funciona como uma ferramenta de monitoramento de tudo que está disponível no depósito e permite que você programe melhor as compras que devem ser feitas. Logo, essa área precisa ser levada a sério e fazer parte do seu planejamento.

Uma indústria gráfica normalmente trabalha com produção puxada, ou seja, as vendas puxam a produção. Portanto, deve haver sempre um pedido de venda anterior a produção. Por mais que sua indústria atenda a clientes fixos, muitas vezes os produtos continuam se alterando corriqueiramente. Isso faz com que o mercado valorize muito alguns critérios de desempenho da produção, são eles:

Qualidade/Confiabilidade;

O critério Qualidade consiste no compromisso de entregar produtos conforme as especificações do projeto/arte do cliente.

Esse parâmetro é crítico para as gráficas. Por mais que as etapas sejam as mesmas ou parecidas durante o processo produtivo, qualquer falha em uma dessas etapas pode causar a devolução/recusa dos produtos enviados para o cliente.

A gestão de qualidade, que será ainda abordada neste artigo, e a gestão de estoque se fazem essenciais. Um lote recusado pode transformar um fechamento comercial extremamente rentável em prejuízo. Um produto recusado não pode ser aproveitado em outros clientes, já que cada comprador possui seu projeto.

Além disso, um lote recusado gera, naturalmente, impacto na confiabilidade. Fez-se lógico, portanto, unir esses dois critérios. Entregar dentro do prazo sem qualidade é a mesma coisa que não entregar.

Então, para esclarecer, esse segundo critério trata da capacidade de entregar produtos dentro do prazo acordado com os clientes nos contratos/pedidos de venda e nas devidas quantidades.

Porém, na prática, entregar dentro do prazo depende de questões totalmente diferentes do que entregar com qualidade.

Mesmo assim a confiabilidade continua dependendo de gerenciamento de estoque e produção.

Coloco esses critérios como essenciais, já que quando é feito um acordo entre o cliente e a gráfica e esta não cumpre, não existe a possibilidade do comprador passar em outra empresa, mesmo que seja com um preço maior, e comprar itens de prateleira para atender sua demanda. Ou seja, caso a gráfica não cumpra seu compromisso o cliente fica, literalmente, de “mãos atadas”.

Flexibilidade/Preço

A flexibilidade dita a capacidade da gráfica de absorver novos projetos que tenha premissas muito diferentes.

Normalmente, a maioria das gráficas é preparada para atender demandas com muita flexibilidade, portanto esse critério está muito mais associado a maquinário do que à gestão propriamente dita.

Então, realmente, o diferencial acaba sendo o preço orçado em novos projetos. Já vimos que a capacidade de orçar é um divisor de água para as gráficas. Se feito corretamente, é um critério para sobrevivência, já que cada projeto é único e erros no cálculo podem gerar prejuízos enormes.

Como, de maneira genérica, a maioria das gráficas tem flexibilidade, a capacidade de orçar acaba sendo um diferenciador para fechamentos de novos projetos.

Velocidade

Por fim, a velocidade consiste no tempo médio de entrega de pedidos desde a solicitação até a chegada do material.

Muitas vezes a capacidade produtiva das gráficas ultrapassa em demasia a capacidade de consumir de seus clientes.

Portanto, esse item pode ser facilmente substituído por planejamento de estoque entre a gráfica e o cliente por meio de fechamentos de contrato com demandas mensais pré-definidas.

Fica a cargo da gráfica se programar para entregar conforme acordado, levando o tempo de produção necessário. Mais uma vez, vemos a importância da gestão de estoque e produção.

Com base nas premissas que regem o segmento gráfico, é possível estabelecer quais são os principais pontos para permitir uma gestão do estoque acurada:

Estoque de produtos acabados endereçados

Gráficas normalmente vendem produtos sob encomenda, portanto, a produção de produtos acabados deve ser endereçada a clientes que já fecharam negócio.

A antecipação da fabricação deve ser bem dimensionada para evitar aumento de capital de giro e diminuir os setups de fabricação.

O lote mínimo de fabricação/custo de setup deve ser considerado na formação do preço de venda e, se possível, mitigado na fabricação.

Estoque de matérias primas bem dimensionadas

Por mais que todos os produtos acabados sejam feitos 100% sob encomenda, as matérias primas possuem uma natureza de consumo bem diferenciada.

Matérias primas de gráficas normalmente são tintas, vernizes, cartões, chapas, caixas, etc.

A mesma matéria prima pode ser utilizada em trabalhos diferentes. Veja o exemplo da tinta: com um número reduzido de tintas, é possível fazer um número extremamente alto de cores.

Na prática, portanto, apenas acompanhando o consumo desses materiais, já será possível estimar estoques de segurança e realizar um controle preciso do que precisa ser comprado. Também vale ressaltar que esses materiais precisam ser de ótima qualidade e sujeitos a um controle de qualidade rigoroso.

Rastreabilidade ponta a ponta

Muitas vezes, além da gestão em si, o controle de estoque pode ser obrigatório para certificações de órgãos regulamentadores. Algumas certificações, como é o caso da ISO 9001/RDC 17 por exemplo, obrigam boas práticas na gestão e controle de estoque.

Uma das práticas mais comuns está relacionada à rastreabilidade. Esse conceito pode ser aplicado de diversas formas, tanto para buscar tudo que ocorreu que possa ter ocasionado uma reprovação de qualidade no recebimento, quanto para entender um defeito durante a fabricação ocasionado por um lote de matéria prima de baixa qualidade.

De maneira geral, além de relacionar matérias primas a pedidos de vendas por meio do controle da fabricação, o conceito de rastreabilidade fornece informações de maquinário, ferramental, funcionário, data, entre muitas outras informações que auxiliam tanto na descoberta quanto na tratativa dos problemas.

Lucro ou prejuízo?

Essa é uma máxima que se aplica não só à gestão de estoque, mas à gestão financeira, da produção, da qualidade, etc.

A gestão de estoque nos faz enxergar problemas diversos durante a produção. Tudo que entra deve ser transformado, e quando não é transformado, é perdido.

  • Como podemos precificar se não sabemos o que perdemos?
  • Como podemos planejar compras ou programar a produção corretamente?
  • Como saber qual problema é mais importante?

A implantação de sistemas robusto de controle/gestão de estoque devem garantir, não só confiabilidade e segurança ao processo, mas também despertar diversas questões de melhorias que serão produtivas para o futuro da empresa.

Por fim, visto todos esses desafios para gerenciar o estoque, vale colocar algumas dicas para facilitar/direcionar essa gestão:

  • Classifique seus estoques (Classificação ABC). Estima-se que 20% dos seus estoques representam 80% do giro e 80% do valor. Comece pelo mais relevante e baseie seus estoques no fluxo de vendas/consumo;
  • Entenda o custo de manter um alto e um  baixo nível de estoque. O que vale mais a pena? Manter prazo de entrega pouco confiáveis ou arcar com altos custos de manutenção de estoque?;
  • Saiba quando pedir. O lote de compra é relevante para definir quando deve ser comprado e a frequência de compra. Baseie seu lote no custo transporte, armazenagem e nos descontos por volume do seu fornecedor;
  • O nível de estoque deve estar compatível com o seu nível de caixa;
  • Quanto mais área se ocupa com armazenagem, menos área se torna disponível para vendas;
  • Padronize os locais para estocagem. Isso facilita o inventário e diminui, naturalmente, o custo de estocar.

4. Gestão da qualidade dos produtos fabricados

A gestão da qualidade deve garantir que os produtos e serviços prestados sejam condizentes com o que foi acordado com os clientes ou com o nível esperado pelo mercado.

Confira todos os desafios que uma empresa gráfica precisa passar diariamente para garantir que o produto acabado estejam qualificadas para entrega:

Inspeção de recebimentos de matéria prima

Para garantir uma fabricação de qualidade, as matérias primas utilizadas devem ser de qualidade. Por isso, é essencial manter o controle de tudo que está sendo recebido.

É preciso saber exatamente as características do foi comprado e que precisam ser inspecionadas no processo de recebimento.

Faz-se necessário também o estabelecimento de fluxos claros de processo, por exemplo, matérias primas que precisam ser inspecionadas devem ser separadas das matérias primas aprovadas.

Essas informações devem gerar estatística para classificação de fornecedores e controle de necessidade de verificação.

Inspeções de atividades durante os processos produtivos;

Durante todos os processos produtivos, devem ser inspecionadas, entre outras questões, se :

  • O material utilizado é o previsto na guia de fabricação;
  • Os parâmetros da máquina estão configurados conforme a engenharia;
  • O percentual de perdas é aceitável;
  • A velocidade da máquina está dentro do especificado;
  • A limpeza das máquinas foi feita apropriadamente;
  • O lote de matéria prima está dentro da validade.

Essas verificações são dinâmicas de acordo com o processo produtivo que está sendo inspecionado.

Normalmente, é muito válido descobrir um problema no início do processo e evitar que esse problema passe por todas as etapas produtivas.

Muitas vezes, algumas das etapas nas quais ocorrem mais problemas, tem verificações mais complexas e demoradas que outras.

Todas as inspeções durante o processo produtivo devem garantir maior qualidade no produto fabricado e identificação de problemas mais rapidamente.

Gerenciamento de não conformidades durante o processo

Após qualquer divergência nas inspeções ou dentro dos parâmetros esperados nos processos, devem ser criadas não conformidades que devem ser analisadas e reportadas aos seus clientes.

Essas não conformidades devem ser acompanhadas de perto para propiciar cada vez mais controle e exatidão nos processos produtivos, diminuindo falhas e, naturalmente, aumentando o lucro.

Vale ressaltar que a gestão das não conformidades é essencial para garantir a entrega de produtos que correspondam às necessidades de seus clientes.

Por fim, por meio de análises estatísticas das não conformidades, deve ser possível criticar e decidir quais são os problemas mais relevantes a ser solucionados. Fica mais fácil priorizar o que realmente é importante.

Geração de databooks para as OPs

No final do processo produtivo, normalmente é preciso armazenar toda a documentação da ordem de produção e informações relevantes.

Normalmente, isso acarreta uma impressão excessiva de papéis e uma necessidade de espaço para armazenagem desses itens.

Chão de fábrica

5. Gestão de processos

As gráficas precisam suportar processos extremamente elaborados para que seja possível manter os produtos fabricados dentro dos padrões esperados pelo mercado e manter o negócio lucrativo.

A gestão dos processos trata diretamente como a organização controle e gerencia os processos diretamente relacionados à atividade fim e processos paralelos que devem garantir a continuidade de sua atividade fim.

Normalmente a atividade fim já é suportada por softwares industriais com foco em planejamento e controle da produção e BackOffice. Vamos direcionar o artigo para processos que suportam essa atividade fim, tais como:

  • Manutenções preventivas;
  • Desenvolvimento de novos projetos;
  • Controle de ferramental;
  • Confecção de amostras;
  • Adequação de arte.

Todos os processos citados impactam diretamente a atividade fim, veja o exemplo da falta de uma manutenção preventiva por exemplo. Poderíamos ter problemas que sobrecarregam e/ou até destroem uma máquina. Essa máquina pode trazer atrasos devastadores a produção e custos altíssimos para conserto.

Ou, por exemplo, falha no acompanhamento de parâmetros especificados pelo cliente no desenvolvimento de novos projetos pode trazer impactos na parceria e a possibilidade de perder novos negócios.

O importante é definir muito bem todas as características para acompanhamento de processos. Essas regras auxiliam na gestão e garantem a boa execução das atividades.

6. Geração de indicadores para gestão da indústria

Foi muito abordada durante o texto a questão de como executar as tarefas para entregar produtos com qualidade. Sem dúvida esse ponto é essencial para a competitividade e por isso tamanho o enfoque.

Porém, nesse último tópico vamos entender mais a fundo como podemos acompanhar todo esse volume de informações geradas por meio de diversos controles citados ao longo do artigo.

O importante é entender como transformar os dados em informações. Todo o controle deve ser transformado em informação, que deve mostrar claramente a direção da empresa. Se as informações não se transformam em indicadores de gestão, qual é o ponto de controlar?

Os indicadores devem garantir que todos os processos sejam efetivos ou, ao menos, apontar claramente os processos que não são. Sem indicadores, em um mar de dados brutos, fica extremamente complicado entender quais trabalhos são mais custosos ou mais lucrativos.

Esses indicadores, além de mostrar claramente se estão tendo lucro ou prejuízo, devem garantir que os objetivos estratégicos da empresa serão perseguidos. Então, no final do período de análise, deve ficar claro se o objetivo da empresa está mais próximo ou mais distante.

Como as informações geradas pelo sistema são muitas, é arriscado perseguir resultados que são poucos relevantes para seu negócio. Entenda quais são os indicadores mais simples e mais relevantes para seu processo, priorize bons resultados que são relevantes para sua empresa.

As pessoas certas devem estar com os indicadores em mãos para garantir assertividade na tomada de decisão, e também no controle e agilidade na formação dos indicadores para que a tomada de decisão acompanhe as necessidades da empresa.

Utilizar todos os benefícios de uma gestão direcionada ao desempenho dos seus processos pode garantir a sobrevivência na situação macroeconômica que estamos enfrentando atualmente.

Reúna sua equipe e a direcione a objetivos claros e alinhados com a estratégia da empresa.

7. Melhoria na gestão da gráfica

Se informe e busque sempre melhorias no processo da sua indústria.

A atividade fim da empresa é seu coração e deve estar interligada com todo o resto do corpo. A área administrativa e de produção devem cooperar e auxiliar na tomada de decisão e saúde da empresa.

Busque utilizar as melhores ferramentas de gestão e operacionais para possibilitar melhores resultados. O aumento da produtividade parte da boa gestão de pessoas, possibilitando ganhos por todo fluxo operacional.

Vimos que administrar uma gráfica é extremamente difícil por todas as peculiaridades do processo. Administrar com inteligência o tempo de recursos se traduz em aumento da lucratividade pela diminuição dos custos diretos e indiretos de fabricação e aumento da produtividade antecipando, assim, o retorno sobre o investimento.

Conte com uma equipe flexível, experiente e determinada a auxiliá-los durante essa jornada com a ferramenta certa para atender suas principais demandas!

Como solucionar os problemas da indústria gráfica

A seguir alguns exemplos de como a nossa ferramenta de gestão pode auxiliar a sua empresa:

1. Controle dos custos reais de produção

A gestão vem por meio do controle.

Confira exemplos práticos de como controlar os diversos custos que incidem no processo industrial de uma gráfica.

Consumo de matérias primas e perdas no processo produtivo

Tudo se inicia na engenharia. A lista de materiais define como será o controle de estoque e o planejamento de produção/compras:

dificuldades-do-setor-grafico-1-4

Na lista de materiais, serão definidos, item a item, percentuais de perda e fórmulas de consumo para que seja possível estimar o que será consumido em cada lote de produção.

A seguir, estão exemplos de fórmulas na definição da relação entre o componente e seu pai:

dificuldades-do-setor-grafico-2-1

Repare que ao adicionar itens na estrutura do produto, é possível criar fórmulas estruturadas. Nelas, estão contidos cálculos de consumo, percentuais de perda durante o processo e parâmetros específicos de consumo do item na produção.

Dessa forma, é possível parametrizar o sistema para calcular automaticamente o valor que deve ser consumido durante a produção.

O próximo passo, portanto, é o controle na produção em si. Tudo que sai do almoxarifado para produção deve ser controlado por lote de produção. Somente assim será possível analisar, ordem a ordem, o que foi realmente consumido.

dificuldades-do-setor-grafico-3-2

Na tela acima podemos ver o cálculo do sistema em uma ordem já criada. Além disso, podemos começar a enxergar o início do conceito da rastreabilidade para matérias primas.

Repare as possibilidades de controle de materiais com unidades de medida secundárias, identificação de lotes no estoque e sugestão automática de lote mais próximo do vencimento. Todas essas facilidades criam um ambiente propício para gestão correta do estoque e apuração do custo real de matéria prima.

Mão de obra alocada e perdas no processo produtivo

O conceito chave é apontamentos de produção.

A produção é um organismo vivo que precisa ser constantemente controlado. Por isso, é importante registrar tudo que está acontecendo da forma mais prática possível.

dificuldades-do-setor-grafico-4-2

Nesse exemplo podemos ver algumas das diversas possibilidades de apontamentos no chão de fábrica:

  • Apontamentos de paradas produtivas;
  • Apontamentos de produção;
  • Setups; (Como o Setup de máquina)
  • Devoluções e requisições de matérias primas;
  • Contagem automática.

Tendo essas informações, é possível controlar com precisão tudo que ocorre no chão de fábrica. Lembre-se que a base para gestão é o controle.

Perdas no processo produtivo – reprovação da qualidade

A seguir, está um exemplo de como a avaliação da qualidade pode ser registrada concretizando o ciclo de vida da ordem de produção:

dificuldades-do-setor-grafico-5-1

  

Podemos ver que podem ser feitas diversas conferências ao longo do processo produtivo. Nesse caso, temos a conferência de limpeza antes para o acabamento, inspeções no processo de colagem e a inspeção antes de liberar a colagem para o próximo lote a ser produzido.

Depois que todos os registros são feitos o supervisor da qualidade pode aprovar ou reprovar, registrar causas e resoluções para não conformidade e encerrar a ordem produtiva.

2. Geração de orçamentos flexíveis

É necessário possuir uma ferramenta estruturada e flexível para simular diversas situações antes de fechar um novo negócio.

Algumas das possibilidades para geração de um preço de venda são:

  • Estruturação de modelo de avaliação de custo definindo centros de custos pertinentes;
  • Simulação de lotes maiores e menores de produção;
  • Simulação de margens de preço maiores ou menores;
  • Definição de preços fixos para avaliação do lucro ou prejuízo;
  • Estimativa de comissões e custo de frete;
  • Estimativa de custos administrativos;
  • Alteração de roteiros de produção e listas de materiais.

Podemos vislumbrar um exemplo dessa ferramenta abaixo:

dificuldades-do-setor-grafico-6-2

O sistema deve garantir a formação de preços de venda factíveis com a realidade da empresa e evitar fechamento de negócios que não tragam prejuízo à indústria.

3. Gestão de estoque integrando vendas, compras e produção

A gestão de estoque é um dos grandes pilares para manutenção da competitividade e qualidade na produção.

Um processo integrado de gestão deve garantir controles do início ao fim do processo.

Gráficas trabalham majoritariamente sob encomenda e, em certos casos, com encomendas a longo/médio prazo. Nesses casos, é interessante utilizar da ferramenta de previsões de venda para evitar faltas e tornar a entrega mais ágil a seu cliente.

Conseguir antecipar vendas é benéfico, pois ajuda a balancear a capacidade produtiva, garantindo qualidade, velocidade, confiabilidade e preço.

dificuldades-do-setor-grafico-7-2

No exemplo acima vemos um cálculo automático com base nos pedidos históricos dos últimos meses.

Esses parâmetros são definidos em telas de engenharia como as que vemos a seguir.

dificuldades-do-setor-grafico-8

Na imagem acima, está um exemplo de parametrização de itens para o MRP. Essa parametrização ajuda o sistema a identificar os pontos de ressuprimento de compras ou produção do item em questão.

Com isso, podemos realmente “colocar o sistema para trabalhar”, solicitando sugestões automáticas de compras/fabricação dentro dos leadtimes e estoques definidos.

Com um planejamento preciso, só falta o controle para garantir a precisão dos próximos planejamentos e atender quaisquer necessidades de controle estabelecidas por órgãos regulamentadores, além de garantir controles de processo que garantem a qualidade dos produtos produzidos.

A seguir, estão as principais formas de rastrear pelo sistema:

Rastreio de lote de fabricação x  pedido de venda

Aqui podemos observar com facilidade a relação entre um pedido de venda e uma ordem de produção.

Essa relação é essencial para saber tudo que aconteceu na produção de um cliente e formar possíveis laudos de inspeção para certificação do lote.

dificuldades-do-setor-grafico-9-2

Rastreio movimentações de produção

Sempre associadas às ordens de produção, estão todas as movimentações de produção.

As possíveis movimentações de produção são:

  • Requisição pela produção: entrega de materiais para produção;
  • Reportes de subproduto: apontamentos de perdas durante o processo produtivo;
  • Reportes de produção: apontamentos de produtos finalizados pronto para entrega.

A seguir, um exemplo de tela de movimentações associadas a uma ordem de produção. Nessa tela, verá informações como:

  • Código da movimentação;
  • Tipo da movimentação (mencionado acima);
  • Natureza da movimentação;
  • Data e responsável;
  • Produto e unidade de medida associado;
  • Quantidade e setores de estoque de entrada/saída;
  • Lotes;
  • Ordem de produção.

Agora, confira os apontamentos de fábrica:

dificuldades-do-setor-grafico-10-2

Rastreio apontamentos de produção

Nesse caso, temos tudo o que foi feito na produção do lote em questão.

Com essas informações, é possível averiguar todos os funcionários/máquinas/horários cuja fabricação foi feita. Além disso, todos os problemas e paradas indesejadas devem ser apontadas na ordem de produção para facilitar encontrar possíveis problemas.

dificuldades-do-setor-grafico-11-2

Rastreio inspeções de fábrica

Por fim, todas as inspeções de qualidade feita durante todos os processos produtivos ficam associadas às ordens de produção em estruturas como as que vemos abaixo, constando o responsável pela inspeção, as horas de inspeção, as características inspecionadas e a avaliação das conformidades dos itens.

dificuldades-do-setor-grafico-12-2

No próximo artigo, estará a continuação deste assunto. Continue acompanhando o Blog Industrial e encontrando as melhores soluções para a sua indústria.

Se você tiver interesse em conhecer o software utilizado nas imagens deste artigo, acesse uma demonstração do Nomus ERP Industrial e veja na prática como funciona.

Até a próxima!

Nomus ERP Industrial

Participe! Deixe o seu comentário agora mesmo: